quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Termo CULTURA

A noção mais antiga sobre o termo CULTURA é aquela que opõe os objetos culturais aos objetos naturais. Essa idéia deriva da evolução remota da filosofia na Grécia antiga, do momento em que Sócrates, ou Platão pela boca de Sócrates, abandona a tradição dos filósofos da natureza de se preocuparem exclusivamente com a explicação do mundo físico e passa a polemizar com os sofistas sobre o homem e a sociedade.

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The older notion of the term culture is one that opposes the cultural objects of natural objects. This idea comes from the remote development of philosophy in ancient Greece, the time at which Socrates, Plato or the mouth of Socrates, abandon the tradition of the philosophers of nature focus only on the explanation of the physical world and begins to quarrel with the sophists on man and society.

A teoria de Danto



A teoria de Danto interpreta as transformações ocorridas na arte a partir da década de 60, mais especificamente com o surgimento da arte pop. Segundo Danto, o modo de produção da arte pop, preconizado por Duchamp, consiste na transfiguração do banal: objetos comuns apresentados como arte. Esse tipo de procedimento, generalizado na contemporaneidade, tornou ainda mais tênues os limites entre arte e vida - que já tinham sido colocados em questão pela arte moderna - pois esses objetos banais transfigurados em arte são visualmente iguais aos objetos que permanecem como não-arte (a lata de sopa da galeria é a mesma do supermercado). A questão que se põe é: se os objetos são iguais, por que um é arte e o outro não? Para responder a essa pergunta, Danto (re)elabora noções como mundo da arte, percepção/interpretação, experiência estética e fim da arte. A polêmica idéia de um fim da arte não significa a morte da arte, mas sim o fim das restrições históricas à criação artística e mais especificamente o fim de uma era da arte: a era da estética. SERÁ?
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Danto's theory interprets the changes occurring in the art actions from the 60's, more specifically with the rise of pop art. According to Danto, the mode of production of pop art, recommended by Duchamp, is the transfiguration of the banal: ordinary objects presented as art. This type of procedure, widespread in contemporary times, became even ... Ver maismore blurred the line between art and life - had been brought into question by modern art - as these banal objects transfigured into art is visually identical to the objects that remain as non-art ( a can of soup of the gallery is the same as the supermarket). The question that arises is: if the objects are equal, why one is art and another not? To answer this question, Danto (re) develops notions like the art world, perception / interpretation, aesthetic experience and end of art. The controversial idea of an end of art does not mean the death of art, but the end of historical constraints to art and more specifically the end of an era of art: the age of aesthetics. ???


sábado, 12 de dezembro de 2009

"Para onde vão os peixes dourados "

“Magnólia é alguém comum. De vida regrada, trabalho consistente, rotina metódica, resumindo: sem nada de interessante. Num certo dia, sem motivo aparente. Magnólia começa a receber peixes dourados pelo encanamento de seu apartamento.”



segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Zambo" - Grupo Experimental

Um marco na história do Grupo Experimental, Zambo é Também um retrato de uma época e, mais especificamente, tradução em dança de um movimento que revolucionou o entendimento de cultura: o Manguebeat. No cerne dessa ideologia estético-musical, criada e liderada pelos músicos Chico Science e Fred 04, estava a idéia de uma produção artística que fosse ao mesmo tempo local e universal. Para isso, o acústico regional da forte percussão típica dos maracatus e outros ritmos tradicionais do manancial cultural popular pernambucano se uniram aos elementos eletrônicos do rock e outras referências importadas. No manifesto que regia o carangueijo típico dos manguezaais recifences ganhou uma antena parabólica e passou aser símbolo dos ideais de toda uma geração.


terça-feira, 5 de maio de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Blow Up e outras histórias de Julio Cortazar



Das muitas maneiras de combater o nada, uma das melhores é tirar fotografias, atividade que deveria ensinar-se muito cedo às crianças, pois exige disciplina, educação estética, golpe de vista e dedos seguros. Não se trata de espreitar a mentira como qualquer repórter, e apanhar o estúpido perfil da grande personagem que sai do n.º 10 de Downing Street, mas, de qualquer modo, quando se anda com a câmara tem-se o dever de estar atento, de não perder esse brusco e delicioso reflexo de um raio de sol numa velha pedra, ou a corrida com as tranças ao vento de uma garota que volta com um pão ou uma garrafa de leite. Michel sabia que o fotógrafo opera sempre com uma alteração da sua maneira pessoal de ver o mundo para outra que a câmara lhe impõe insidiosa (agora passa uma grande nuvem quase negra), mas não o desconfiava, sabedor de que lhe bastava sair sem a Contax para recuperar o tom distraído, a visão sem enquadramento, a luz sem diafragma nem 1/250. Agora mesmo (que palavra, agora que estúpida mentira!) podia ficar sentado no muro sobre o rio, vendo passar as barcaças negras e vermelhas, sem que me ocorresse pensar fotogràficamente as cenas, deixando-me simplesmente ir no deixar-se ir das coisas, correndo imóvel com o tempo. E o vento já não soprava.
(...)

in Blow Up e outras histórias de Julio Cortazar...